terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Mensagem de Natal


     2014 esta indo embora, mas neste ano dei passos muito pequenos, tão pequeninos que para qualquer outra pessoa poderia ser simplesmente uma mudança despercebida no seu dia a dia, mas quem me conhece sabe que para mim foram grandes transformações, onde me libertei de algumas inseguranças, do medo de errar, de arriscar. Aos poucos adquiri um nome (FABULOSA FABETE),saí para vender Madeleines na Redenção com minha irmã, louca de vergonha, rsrsrsrs, e tenho meu blog, singelo, mas feito com muito amor e dedicação, onde tenho a oportunidade de falar sobre livros que leio, de postar receitas e comentá-las.
     Quero agradecer a cada um de vocês que estiveram aqui comigo, pelo apoio em cada curtida, por esta caminhada lenta, constante e tão significativa para mim.
      Que venha 2015 com toda a sua imperfeição, com seus altos e baixos, com seus términos e recomeços, com suas tristezas e alegrias, pois sempre será isso que nos fará mover, crescer e obter o sucesso no que quer que seja a nossa escolha.





Feliz Natal e um Ano Novo de muitas realizações!

Fabulosa Fabete.

domingo, 30 de novembro de 2014

A arte de Noir Nouar


Vocês já ouviram falar de Noir Nouar? Uma Californiana que cria pinturas divertidas, uma pintura inquietante, bizarra e ao mesmo tempo repugnantes num estilo pop surrealista.
Apesar da aparência alegre, seus personagens estão à beira de um  ataque de nervos, ou até mesmo da própria morte.
Uma artista apaixonada por comida, arte e comerciais de tv, resolveu misturar tudo e criou seu próprio estilo.
Claro que como todo o artista, Nouar também está passando alguma mensagem, ela diz ser sobre a família americana, a maneira que tratamos os outros, sobre alimentos geneticamente modificados. Um dilema que tem dividido, veganos, vegetarianos e comedores de carne, pois estes quadros absolutamente centrados na comida, talvez reflitam a estranha relação de compulsividade e excesso que temos com a alimentação. 
Vale à pena dar uma olhada, e aí você pode tirar suas conclusões.












segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A viagem de cem passos


Este livro conta a história de Hassan Haji, um adolescente indiano magrinho que tem o misterioso "algo mais " que aparece num chef a cada geração. Vamos passar por sua infância com seus avós, das lembranças do restaurante da família pelas ruas de Mumbai.
Uma tragédia abala Haji e eles terão que abandonar seu país e buscar refúgio em Londres. 
E de lá, começa a sua aventura!!!
Haji é especial, tem um dom com os temperos, suas panelas, e isso vai chamar a atenção de Madame Mallory, uma chef conhecida por seu conservadorismo. Depois de muitos desentendimentos, decide tê-lo como seu pupilo.
Um livro lindo, sensível, com tantos sabores da culinária Indiana e Francesa.
Anthony Bourdain comentou que este é "o melhor romance ambientado no mundo da gastronomia".
Se vocês acharem que o livro pode levar muito tempo para lê-lo, saibam que tem o filme. Fica a dica!
Este livro não tem uma receita ao pé da letra, mas fala de muitos pratos interessantes, escolhi um prato "Street Food" de Mumbai. Vai estar postada nas minhas receitas.


"Quando você sair daqui, é provável que esqueça quase tudo o que ensinei - disse, ácida - Não tem jeito.
Mas se você lembrar de alguma coisa, espero que seja esse pequeno conselho que meu pai me deu quando eu era menina, depois que um famoso e complicado escritor acabou de sair do hotel de nossa família.
" Gertrude ", ele disse, " lembre sempre que um esnobe é uma pessoa que não tem bom paladar".

Trecho do livro A viagem de cem passos.


Livro A viagem de cem passos
Autor Richard C. Morais

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O cozinheiro do Rei D. João VI


Um livro muito legal, pois mistura romance com fatos históricos.
 Neste livro é contado a história de Antônio de Vale das Rosas, um homem com talento especial para combinar ingredientes. Esse seu dom chama a atenção do príncipe regente D. João VI.
Aqui encontram-se muitas conspirações palacianas e segredos de alcova.
O livro inclui receitas de pratos portugueses deliciosos, como doce de figos, galinha corada, pudim de café, bolo de nozes com ovos moles.
O autor Hélio Loureiro é chefe de cozinha do Porto Palácio Hotel, da solinca Eventos e Catering da seleção portuguesa de futebol.
Teve alguns prêmios importantes como chefe do Ano 2003 pela Academia Gastronômica Portuguesa. Já escreveu outros livros de cozinha, entre os quais "Receitas para vinho do Porto" e " Gastronomia e vinho verde".



livro O cozinheiro do Rei D. João VI
Autor Hélio Loureiro


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Dica de leitura!!!!


Frida`s Fiestas

 Um livro lindo com fotos inéditas dos banquetes oferecidos por Frida Kahlo.
Este livro foi escrito por Guadalupe Rivera e Marie Pierre Colle.
Aqui tem história da vida de todos os dias de Frida, do seu entusiasmo com suas festas e dos pratos servidos na Casa Azul.
Quer conhecer a gastronomia Mexicana? Aqui  você tem a oportunidade de ter uma das mais belas culinárias, com todas as cores e seus sabores picantes.

Mesa para receber Trotsky

A típica Puebla Mole 

Capa do livro Cocinero Mejicano de Matilde Calderón de Kahlo, mãe de Frida

Capa do Livro Frida`s Fiestas



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Receitas para Gastrónomos requintados


Tem um livro chamado " Cozinheiro dos Cozinheiros publicado em 1870 pelo editor português Paulo Plantier.
Plantier, homem culto e inteligente, conviveu com grandes personalidades literárias como:  Fialho de Almeida, Ramalho Ortigão, Bulhão Pato, Luciano Cordeiro, A. Teixeira de Vasconcelos, Júlio César Machado, só para citar os mais famosos. Todos compartilhavam o mesmo interesse pela Gastronomia.
Foi então que Plantier teve uma genial idéia de os convidar a participar nesse seu livro, pedindo a cada um uma ou mais receitas da sua autoria. O resultado não poderia ter sido melhor, pois o livro ganhou muito prestígio.O livro tem 1500 receitas descritas por 44 escritores portugueses.
E foi desta obra que saiu este pequeno capítulo que ele intitulou de "Inventadas e Executadas por Distintos Artistas e Escritores Portugueses".
Como fala na sinopse " Este livrinho é um mimo de aromas e sabores culinários- e, embora vindo do século XIX, fará ainda as delícias de todas as mesas". 
Um livrinho com mais de 60 receitas e todas elas vem com histórias, lembranças e poesias. Um livro de leitura leve, prazeirosa e que é uma jóia da gastronomia.


" Un cuisinier, quand je dine,
Me semble un être divin.
Qui du fond de sa cuisine
Gouverne le genre humain."

Désaugiers ( 1772 - 1827 ) Chansonnier e autor de Vaudevilles.


Livro Receitas para Gastrónomos Requintados
Inventadas e Executadas por Distintos Artistas e Escritores Portugueses
Autor Paulo Plantier













terça-feira, 14 de outubro de 2014

Arte de Cozinha


Este foi o primeiro livro de receitas culinárias impresso em língua portuguesa. Datado de 1680, tem como autor Domingos Rodrigues, nascido em via cova, norte de Portugal.
Domingos Rodrigues começou a ser conhecido quando foi designado mestre de cozinha na corte de D. Pedro II e sua mulher, D. Maria Francisca de Sabóia, filha do Duque de Nemours, casa de quem o cozinheiro La Verenne já havia servido. Esta rainha já vinha de uma família conhecida por bons cozinheiros e adorava uma boa cozinha.
Arte da Cozinha era voltado para a elite que vinha em busca de prestígio social, algumas receitas são sequer inteligíveis, até mesmo para seus contemporâneos, pois o autor não era exatamente claro. Assim também era um tempo em que os livros eram destinados a ricos e " tinham em comum o fato de não se preocuparem nem com a indicação de medidas precisas, nem com a explicação das técnicas de cocção". Nesta reedição, foi mantida a linguagem o mais próxima possível dos originais, poucas coisas foram acrescentadas,e uma delas foi um glossário. Você já pode imaginar por que né?
 Também tem 31 receitas atualizadas e adaptadas pela Chef Flávia Quaresma.
Livro essencial na sua biblioteca Gastronômica, pois é de um material riquíssimo da importância da história da alimentação em Portugal no Brasil.


" Como gulodice, desde os nobres até os escravos, doces de todas as espécies, desde as mais delicadas conservas e confeitos até as mais grosseiras preparações de melaços, são devorados em grosso."

Escritora Maria Graham, que esteve no Brasil nos anos 1820 e registra o consumo.


Livro Arte de Cozinha
Autor Domingos Rodrigues









quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cozinheiro Nacional


A moda culinária européia, presente às mesas da elite carioca no final do século XIX, é alvo de crítica de pelo menos um tratado culinário brasileiro. Sem data precisa, presumida em 1890 e sem autor mencionado que acredita-se ser Paulo Salles, Cozinheiro nacional contou com várias edições. Seu objetivo, declarado no prefácio, sugere uma alternativa às obras antecessoras ( entre elas, certamente o cozinheiro Imperial) que copiavam e traduziam livros de culinária estrangeiros, sem adaptar tais preparações aos ingredientes do Brasil.
A " Culinária Brasileira " de cozinheiro nacional também é curiosa. Ao lado de pratos que levam carne de vitela, frango e cordeiro, aparecem receitas elaboradas com carnes silvestres: capivara assada com taioba, anta estufada com caratinga,  cotia frita com mandioca, macaco refogado com pepinos, almôndegas de paca.
O livro trouxe um avanço e ruptura nos padrões de culinária vigente ou ideais alimentares pela elite afrancesada da capital do império. O livro fez acabar com a hierarquia entre as coisas de comer daqui e de além-mar, numa época em que se acreditava a excelência da alta cozinha francesa acima de tudo e a exclusividade de suas matérias-primas. O que o  livro Cozinheiro Nacional fez,  foi um programa gastronômico enraizado no país.
O livro tem uma lista com alguns produtos europeus que podem ser substituídos por outras do Brasil. 
Ele fala de como receber, o modo de trinchar, os almoços, os jantares as ceias, cardápios, etc.
 Percebi  como Cozinheiro Nacional é atual, pois  passados mais de 120 anos em que foi escrito estamos  passando por um momento semelhante . Hoje o Brasil busca valorizar seus produtos com a culinária regional, valorizando o produtor, o cultivo orgânico,  gerando uma nova visão de sustentabilidade numa cadeia evolutiva onde todos temos o mesmo grau de importância e responsabilidade com o meio ambiente. 

 
Minha avó, Maria Luiza, que era bela morreu cedo, deixou-me poucas heranças. A beleza foi para outras, e o que ficou para mim foram muitas saudades, alguns ouros, poucos, um manual de Filhas de Maria e um livro de receitas de cozinha, obra clássica para as donas e donzelas de seu tempo, devidamente chamado "Cozinheiro Nacional".

Rachel de Queiroz





livro Cozinheiro Nacional
editora Ateliê editorial/ Senac


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Devore-me Amor, sexo e a Arte de Comer


Este livro foi publicado em 2005, mas eu o adquiri em 2012 pesquisando livros de Gastronomia no Mercado Livre.
Este título chamou a minha atenção porque amor, sexo e comida é algo que todos nós adoramos conversar, todos temos pelo menos um pouco que seja de experiências nessas três artes.
Aqui a autora combinou comida com vários estágios das relações amorosas.
O início de namoro com  coisinhas para beliscar depois da transa.
O meio com suas maratonas sexuais e até refeições para conhecer os futuros sogros.
O fim quando tudo da errado e só aquela comida consoladora para levantar o ânimo, e ao final de cada capítulo ainda tem uma lista com 10 sugestões de músicas para você curtir.
E fala a verdade, isso tudo já aconteceu com a gente, né?
Este livro é um guia muito bem-humorado, e mostra como a comida desempenha um papel importante na sedução ou em qualquer momento de uma relação amorosa.
A autora nasceu em Londres, filha de pais italianos e que eram donos de um restaurante chamado Bongusto.
Casou-se e mudou-se para Hong Kong com o marido, lá morou e trabalhou durante muitos anos como gerente de alguns restaurantes, entre os quais o Grissini, do Grand Hyatt Hotel.
Ela diz que qualquer restaurante da face da terra, toda noite há produção teatral: os frequentadores são os personagens; os funcionários, a equipe de produção; e a comida, o acessório indispensável. Toda noite havia uma cena a gravar e toda noite uma nova lição de amor e vida.



" Sinto o fim se aproximando. Traga logo minha sobremesa, o café e o licor. "

Brillat Savarin



Livro Devore-me
Amor, Sexo e a Arte de Comer
Autora Alexandra Antonioni





terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sabores Inconscientes


Este livro é cheio de recordações e histórias que marcaram a vida de 25 pessoas.
A psicanalista Cybelle Weinberg, reuniu seus amigos e colegas de profissão, todos da área de saúde mental, com exceção de um professor de literatura inglesa.
O projeto de escrever um livro de psicanalistas/ cozinheiros surgiu primeiramente de sua colega, pois quando percebeu que nenhum de seus amigos  se interessou resolveu oferecer a idéia e o título do livro para a autora.
Os textos são divididos em três partes - infância, juventude e maturidade. Cada parte com crônicas de autores diferentes, explorando a relação entre comida e universo psíquico, sempre buscando muito humor em cada texto.
A autora também dá um aviso de que nem todas as receitas foram experimentadas, porque a maioria deles não sabem cozinhar.
Um livro leve e que faz você se identificar muito, pois todos falam de mães, avós, namorados e namoradas.
Como a autora mesma falou:


" Sejamos politicamente incorretos e " Libiamo, amici"...bebamos ao amor e a todas as nossas pessoas queridas."

Cybelle Weinberg



Livro Sabores Incoscientes
Receitas sem culpa
Autora Cybelle Weinberg

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Achados da geração perdida


Este livro é um banquete cultural e culinário.
Aqui se encontra as histórias de personalidades mais importantes de uma geração ao qual ficaram conhecidos como " Geração Perdida ". Na verdade, eles eram os modernos, a primeira geração moderna nascidos perto da virada do século.
Esta geração ,experimentou grandes mudanças como movimentos reformadores, mulheres lutando pelo direito do voto, teorias Freudianas sobre o inconsciente, etc. O automóvel surgiu com o modelo T em 1908, acessível para a maioria. E onde mais poderia se encontrar o novo, senão em Paris, a capital do modernismo. La surgiu o cubismo de Picasso e Braque, o movimento de libertação de Isadora Duncan, os sons de Stravinsky, os escritos de Stein e Joyce, os jornalistas, Janet Flanner, Willian Shirer, nas artes visuais a fotografia e filmes de Man Ray, as pinturas de Gerald Murphy, a literatura americana com Hemingway, Fitzgerald, Barnes, Stein.
Você vai encontrar aqui estas e muito mais pessoas que viveram em Paris, nesta década de criatividade. Vai conhecer a culinária, o bom gosto e o refinamento de cada personagem da história. Tem a sopa de pérolas de Zelda Fitzgerald, os verdes de Kay Boyle, o caviar de Isadora Duncan a torta de morango e framboesa de Natalie Barney.
Falar deste livro é muito difícil, pois ele é tão rico em histórias, que por mais que eu tente é impossível entender a dimensão do que realmente é.


" Jantares, noitadas, poetas, milionários errantes, traduções, lagostas, absintos, música, passeios, ostras, sherry, aspirina, quadros , herdeiras sáficas, editores, livros, marinheiros. E como! "


Hart Crane, num cartão postal de Paris 1929.



Livro achados da geração perdida
Autora Suzanne Rodriguez-Hunter


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O Livro de cozinha de Alice B. Toklas



Quem foi Alice Babette Toklas?

Foi casada com a famosa escritora, poetisa e ativista feminina Gertrude Stein, e viveram juntas por 38 anos.
Alice era americana, mas seu coração também era Francês. Ambas moraram em Paris em sua melhor época, na época de ouro. Paris vivia numa festa incessante, a capital cultural do mundo. Seus amigos eram ilustres, dentre eles estavam Hermingway, Picasso, Thornton Wilder, Jaimes Joyce, Matisse.
Alice B. Toklas ficou famosa pela sua autobiografia escrita por sua companheira Gertrude Stein, que virou Bestseller.
Mas Alice sempre foi uma figura de fundo, pois atuava como confidente, amante, cozinheira, secretária, musa, editora, crítica e governanta, sempre a sombra de Gertrude Stein.
Alice cozinhava  muito e sua cultura gastronômica aumentou quando as duas  fizeram uma viagem pelo interior da França a convite de Picasso, que as esperava no Midi.
Após a morte de Gertrude, um jornalista sugeriu que Alice fizesse uma biografia de Gertrude, assim como a companheira fez um dia a dela. Mas Alice fez uma contraproposta e sugeriu um livro de culinária. E foi assim que nasceu este livro!
Foi feito num momento em que a autora estava se curando de uma hepatite.
O livro no seu lançamento alcançou o maior êxito em 1954, pois causou muito escândalo na época.
Qual cozinheiro que nunca comentou sobre o bolo de maconha?
Ela colocou uma receita de um Fudge de Haxixe. No livro ela fala:

" Obter a Cannabis pode apresentar algumas dificuldades, mas a variedade conhecida como Cannabis Sativa cresce como mato, frequentemente sem ser reconhecida, por toda a parte na Europa, Ásia e partes da África; Além de ser cultivada para a manufatura de cordas. Na América, se bem que desencorajada, sua prima, Cannabis Indica, tem sido observada até em floreiras de janelas urbanas. Devem ser colhida e seca assim que der sementes e enquanto a planta ainda estiver verde."

Foi este livro que a tirou das sombras de Gertrude Stein e fez com que ela pudesse ser ela mesma.
Alice fez muito mais que um livro de receitas, aqui tem filosofia sobre a arte de comer dos franceses com uma pitada da América.
Um livro que todo o cozinheiro tem que ter na sua estante.



"  Se parece muito em cima para vocês, lembrem o que o rapaz disse: " Se perfeição é bom, mais perfeição é melhor. "

Alice B. Toklas


O livro de cozinha de Alice B. Toklas











sexta-feira, 12 de setembro de 2014

As receitas amorosas de uma feiticeira



Eu acho este livro de uma feminilidade tamanha, pois toda mulher tem um pouco de " Bruxa e " Cozinheira ".
É bem verdade, que as feiticeiras de hoje são bem mais modernas, seus caldeirões medievais viraram Cooktop. Mas ela esta bem lá dentro e as vezes nem percebemos que nossas colheres de pau, as panelas de  ferro, o fogo, a nossa intuição,  é " Ela " fazendo nossas poções mágicas e cada uma com sua particularidade e magia que acabam surpreendendo as pessoas a sua volta.
Este livro é assim! Ele é vermelho e dourado e quando o abrimos é cheio de curiosidades sobre os ingredientes das receitas. E as folhas? Cada página é envelhecida, parece que abrimos um livro antigo e raro com suas receitas de feitiços de amor, de ervas medicinais, para saúde, para atender todos os tipos de situações.
O livro é dividido em sete capítulos, as receitas vão desde ervas e aperitivos, passando por saladas, sopas, carnes, peixes, sobremesas, compotas e finalizando com bebidas e poções.
Tem um glossário de técnicas culinárias do dia a dia, de como reduzir, marinar, flambar entre outras coisas.
A autora Brigitte Bulard-Cordeau, mais conhecida como BBC, nasceu na Normandia, mas mora na França desde pequena. Já escreveu outros livros inclusive para crianças e faz parte da Associação dos Jornalistas Escritores em Defesa da Natureza e da Ecologia ( JNC ).
Ela recebeu o Prêmio Literário da Gastronômia Autonin Carême em 2009 pelo livro " Meus Segredos de Feiticeira ".
Você que é bruxa(o), cozinheira (o), ou as duas coisas, tem que ter este livro na sua estante.

EVOÉ!!!




" Yo non creo en brujas, pero que las hay, las hay..."
Frase extraída do livro Dom Quixote 
Miguel de Cervantes ( 1547 - 1616 )


Livro As receitas amorosas de uma feiticeira
Autora Brigitte Bulard-Cordeau






terça-feira, 9 de setembro de 2014

Segurança de Alimentos no Comércio - Atacado e Varejo


DICA!!!!


A umas duas semanas atrás, fiz um curso de Segurança de Alimentos, para me atualizar novamente com todas as normas etc.
Perguntei a Nutricionista que ministrava o Curso de Segurança de Alimentos e ela disse que tinha um muito bom chamado "Segurança de alimentos no comércio - Atacado e Varejo ", editora Senac.
Esta semana eu comprei o livro e ele é realmente muito bom!!! Tem todas as informações necessárias para quem tem ou vai abrir um negócio. Claro que o curso é uma exigência necessária, mas depois podemos recorrer ao livro com absoluta segurança. 
Ele tem modelos de check-list para diagnosticar as " Boas Práticas de Fabricação dentro dos estabelecimentos e para os industrializadores de alimentos, podendo você mesmo fazer isso no seu,  para uma pré-avaliação. Fala sobre as temperaturas corretas, armazenamento de produto, recebimento, embalagens, exposição a venda. No final do livro tem exemplos de formulários, fluxogramas e as normas da ABNT.



Livro Segurança de Alimentos no Comércio
Atacado e Varejo
Editora Senac

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A vida sexual dos alimentos



Em uma das minhas pesquisas de livros pela internet, me deparei com este:   " A vida sexual dos alimentos". No primeiro momento, sem ler a resenha já o achei super interessante, quando comecei a buscar mais informações, vi que poderia ser um bom livro para minha modesta biblioteca gastronômica.
Aqui, a escritora, com embasamento em pesquisas, fatores clínicos e sexuais, fatos históricos e do nosso cotidiano, faz com que enxerguemos a comida com outros olhos.
Todos os temas são levados com muita seriedade, mas a leitura é leve, cheia de curiosidades e com muito humor picante.
O livro tem 18 capítulos começando com o "segredo de comer", passando até pelas comidas dos contos de fadas. Ele fala também que o paladar não depende apenas do que acontece na superfície da boca quando comemos ou do número de papilas gustativas com que nascemos. Trata-se  de uma questão cumulativa de julgamento, de história pessoal e de personalidade somada ao cheiro, à textura, à sonoridade,à impressão visual e também o sabor.
Vale à pena dar uma passada por estas páginas cheias de informações, sem contar que a capa do livro é muito bonita.

Divirtam-se!!!!


" Vocês, pois originais da raça humana... que se arruinaram por uma maçã, o que não teriam feito por um peru com recheio de trufas? "

Brillat - Savarin



Livro  A vida sexual dos alimentos
Autora Bunny Crumpacker, já escreveu dois livros baseados em panfletos culinários entre 1875 e 1950.





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Livro de cozinha da Infanta D. Maria


Livro de Cozinha da Infanta D. Maria


Este livro fala de D. Maria de Portugal (1538/ 1577 ),  filha do Infante D. Duarte e neta de D. Manuel I.
A Infanta D. Maria, futura Duquesa de Parma era uma mulher  conhecedora das ciências humanas, filosóficas e versada em línguas clássicas. Quando foi para se casar, levou em sua bagagem livros e manuscritos e dentre eles estava o seu livro de cozinha. Um manuscrito do século XVI. O livro original, fica na Biblioteca Nacional de Nápoles e tem a sua guarda juntamente com mais seis manuscritos quinhentistas portugueses.
A reprodução deste livro é feita todo em fac-símile integral. Este livro que também é chamado de " TRATADO " de cozinha, contém receitas culinárias e de doçaria, distribuídos em quatro cadernos. 
São eles:

1º Caderno dos manjares de carne

2º Caderno dos manjares de ovos

3º Caderno dos manjares de leite

4º Caderno das cousas de conservas

Quando olho este livro, lembro o quanto eu quis te-lo . Estava preparando meu TCC, iria falar sobre a "Influência Gastronômica com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808 ", e foi nestas pesquisas de trabalho que acabei encontrando esta relíquia. Isso foi em 2010, levaria ainda 4 anos para eu adquiri-lo. Valeu à pena esperar, pois ter nas mãos um pedaço da história, da cultura e dos costumes de uma época tão longínqua é muito gratificante.





Livro de Cozinha da Infanta D. Maria
Imprensa Nacional - Casa da Moeda


segunda-feira, 1 de setembro de 2014


Bacalhau


Este livro encontrei num simpósio sobre gastronomia na UFRGS. Em frente a sala de apresentações, estava uma banca com muitos livros usados e lá estava ele. Sabe quando a gente bota o olho e sabe que tem tudo pra ser bom? E eu estava certa!!!
Um livro com muitas histórias interessantes.
Podemos entrar em barcos vikings, em lendas bascas e muitas curiosidades.
Parece história de pescador?? Mas não é!!!
É uma viagem pela pesca artesanal, dos portos pesqueiros na Nova Inglaterra e na Terra Nova aos esquifes costeiros através do Atlântico, da Islândia e Escandinávia às costas da Inglaterra, do Brasil e da África Ocidental.
Fala da vida dura e sacrificada de pescadores e suas famílias.
Passa também por algumas espécies de Bacalhau. Vocês sabiam que existem mais de dez famílias de Bacalhau e mais de duzentas espécies?
E que do Bacalhau se aproveita quase tudo?
Que os Islandeses recheiam o estômago do Bacalhau com fígado, cozinham até ficar macio e comem como se fosse salsicha? Que a pele é comida ou curtida como couro?
Outra curiosidade é que a "Brandade" original não levava batatas.
Aqui também explica todo o processo de cura do Bacalhau.
O autor mescla história mundial e paixões humanas, e apresenta os exploradores, comerciantes, escritores, chefs, tudo enriquecido com detalhes gastronômicos, receitas e conselhos culinários que foram acumulados desde a idade média.

" Não é apenas peixe que você está comprando: é a vida dos homens ".
( De um comerciante de peixe para o cliente que barganhava sobre o preço do hadoque ).


Sir Walter Scott
The  Antiquary, 1816




Livro: Bacalhau A história do peixe que mudou o mundo.
Autor: Mark Kurlansky



sexta-feira, 29 de agosto de 2014


Frida Kahlo


Quem me conhece sabe o quanto sou admiradora e apaixonada pela história e pelas telas da artista Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, mexicana, filha de Guilhermo Kahlo de descendência Alemã e filha de Matilde Gonzalez, de descendência indígena e espanhola. Uma vida de acontecimentos trágicos, sofridos, de muitos renascimentos e que claramente conseguimos perceber em suas pinturas.
Uma mulher guerreira e pensamentos profundos.
Teve um único amor em sua vida chamado Diego Rivera, um amor desses que chamamos de " AMOR BANDIDO ". Um relacionamento tempestuoso e marcado por brigas violentas. Foram casados, se separaram, Frida casou-se novamente, teve outro casamento complicado e acabou voltando para Diego sua grande paixão.
Nos últimos anos de sua vida voltaram a morar na casa de seus pais, hoje conhecida como " A casa Azul", onde construi uma nova casa ao lado. Essa casa era ligada à outra por uma ponte. Encontravam-se na casa dele ou dela nas madrugadas para se amarem.
Frida foi encontrada morta em 13 de julho de 1954, a causa da morte foi decorrente a uma forte pneumonia.

Mas Frida tinha uma outra paixão além da pintura, adorava cozinhar e sempre fazia banquetes para os amigos.
Entre os objetos pessoais de Frida Kahlo havia um livro preto chamado" Livro da Erva Santa". Eram receitas culinárias para serem preparadas nos dias dos mortos. Segundo a tradição, no dia 2 de novembro os mortos tem permissão para visitar a terra. Para recebe-los se monta um altar com pães, doces, fotos, incensos, caveiras de açucar, velas para iluminar o caminho e os pratos prediletos dos falecidos.

O  livro " O segredo de Frida Kahlo ", narra a vida da artista e possui muitas receitas desse Livro da Erva Santa, é uma mistura de realidade e ficção.
Infelizmente este livro sumiu no dia que ele seria exibido pela primeira vez no monumental em homenagem a Frida no Palácio de Belas Artes, localizado na Calle de Londres, no bonito bairro de Coyoacán.
O " Livro da Erva Santa " continua desaparecido.



" Por acaso, agora, o verde pasto faz você lembrar da melancia, o sangue lhe lembra as cerejas, e a felicidade contagiante de uma tarde lhe lembra um doce de mel? ", perguntou Frida. "


Livro O segredo de Frida Kahlo
Francisco Haghenbeck, é considerado um dos melhores escritores revelados na América Latina nos últimos anos.




terça-feira, 26 de agosto de 2014


A Viúva Clicquot

A nossa primeira história será sobre Barbe- Nicole Clicquot, mais conhecida como Veuve Clicquot ( viúva Clicquot ).

Uma jovem mulher, filha de um rico e bem relacionado industrial têxtil, fica viúva muito cedo e tem que tomar conta da casa de vinhos do falecido marido Philippe Clicquot.
Aqui começa uma linda jornada de empreendedorismo, de uma mulher que recusa a submissão e ultrapassou os rígidos limites impostos ao sexo feminino nos séculos XVIII e XIX.
Foi criada para ser mãe e esposa, mas o destino fez com que ela controlasse sua própria vida.

A história credita a descoberta do segredo das bolhas do champanhe a um monge cego do sec. XVII com hoje famoso nome de Dom Pierre Pérignon. Ele foi um talentoso fabricante de vinhos e um dos maiores degustadores da história vinícola, mas ele não descobriu como manter as bolhas do champanhe na garrafa. Na verdade, quando isso ocorria naturalmente, ele tentava tirá-las.
O fato é que o champanhe não foi descoberto na França. Os ingleses foram os primeiros a aprender o segredo de fazer o vinho espumar e os primeiros a lançar no mercado champanhe com bolhas.

Mas graças as inovações nas adegas da viúva Clicquot que hoje podemos tomar garrafas de  champanhe a preços módicos nas prateleiras de lojas do mundo inteiro, se ela não houvesse descoberto o processo conhecido como "REMUAGE ".

Aos 40 anos, Barbe- Nicole era uma das mais ricas e famosas empresárias de toda a Europa, e uma das primeiras mulheres de negócios a liderar um império comercial internacional. Abriu caminho para uma segunda geração de mulheres no ramo do champanhe. Seguiu seus passos, a jovem também viúva Louise Pommery, que inventou a champanhe seco, brut.

Na Champagne, a viúva era conhecida simplesmente como "La grande dame". Safras raras de Veuve Clicquot ainda são chamadas assim, em tributo a sua fama.
A sua melhor safra, considerada "A SAFRA MÁGICA" foi em 1811. Dizem que quem teve a sorte de provar afirmava que era nada menos que espetacular.


Este livro é um dos meus preferidos e quem não leu, fica a dica!
Vou levá-lo para sempre em minha memória como sinônimo de força, audácia e muita coragem.


VIVE LA GRANDE DAME!!!!



Capa do Livro A Viúva Clicquot da historiadora Tilar J. Mazzeo


segunda-feira, 25 de agosto de 2014



Conceito de Gastronomia


" O termo gastronomia, de origem grego, é utilizada para designar um conjunto de conhecimentos e práticas vinculados com a cozinha e a arte de preparar determinadas iguarias.
Esta também relacionada com o estudo das relações que existem entre comida e a cultura de uma região ou de uma pessoa em particular."


Para mim, a gastronomia é um livro, que quando aberto te transporta para infinitas histórias do mundo todo.
Aqui no blog iremos conhecer algumas personalidades, iremos nos transportar para um mundo de reis, rainhas, curiosidades e arte.


Bon Voyage!!!!





domingo, 24 de agosto de 2014



O escritor que imortalizou a Madeleine



Na história, quem eternizou a Madeleine para o mundo foi o escritor francês  Marcel Proust ( 1871-1922 ). No caminho de Swann, primeiro dos sete volumes da obra-prima. "Em busca do tempo perdido" (pulicado   entre 1913 e 1927 ), ele relata como foi apresentada a iguaria e revela o efeito que ela teve em sua vida e arte.

Num dia de inverno chegando em casa, com frio, a mãe lhe deu o bolinho acompanhado de uma chávena de chá. Ao levar um pedaço à boca, amolecido pela bebida, veio a sua mente, não apenas a lembrança do passado, mas também a sensação de voltar à infância. Madeleine tinha o mesmo sabor daquele que a tia Leonine lhe oferecia todo domingo de manhã anos atrás. O paladar revivido é uma experiência, porém, pode também ser considerada a vitória da memória sobre o tempo.











Fonte de Pesquisa:
http:/www.pucsp.br/maturidades/ sabor_saber / bolinho_sotaque_frances.html.
Acessado: 18.06.2014





quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Quem conhece as Madeleines de Commercy?

Madeleine é um bolinho à base de farinha de trigo, manteiga, ovos, açúcar, aromatizado com casca de limão ou com água flor de laranjeira. Tem o formato de uma concha de vieira.
Hoje pode-se encontrar Madeleines dos mais variados sabores, doce ou salgada elas sempre são muito deliciosas.

E a história?

 A história nos dá muitas versões sobre a sua origem. Uma delas conta que uma mulher chamada Madeleine, usava os bolinhos para alimentar os peregrinos do caminho de Santiago. Esta rota atravessa o norte da Espanha, a partir da fronteira com a França, em direção a Santiago de Compostela, capital da Galícia, província de Corunha, cujo o símbolo é uma concha de vieira.

Outra versão para a história é de uma jovem chamada Madeleine que substituiu o confeiteiro chefe durante um banquete em homenagem ao rei Stanilas.
Ela preparou a receita que era de sua avó. O rei gostou tanto que mandou chamar  a pessoa que tinha feito aquelas delícias. Ele perguntou o seu nome e ela disse que era Madeleine Paulmier e que era da cidade de Commercy.
Então o rei as batizou de " MADELEINES DE COMMERCY ".
No outro dia enviou para sua filha comilona, Maria Leszcynski, mulher de Luis XV, na corte de Versalhes.
Esta receita permaneceu secreta até a morte do Duque de Lorena, 1766.








Fonte da pesquisa: 
www.pucsp.br/maturidades/sabor_saber/bolinho_sotaque_frances.html
Acessado: 16.08.2014


sábado, 16 de agosto de 2014

Quem é a Fabulosa Fabete?

Antes de um negócio, a Fabulosa Fabete é uma pessoa que ama o que faz, que coloca amor em cada detalhe, seja ele de criação, comunicação ou troca de idéias.
Cada embalagem é feita artesanalmente, como se fosse uma jóia para ser entregue a pessoas especiais.

Aqui, neste blog, quero poder compartilhar histórias, dicas de livros, curiosidades, receitas e fotos. Quero que todas as pessoas se identifiquem. 

Desejo que minha culinária possa de alguma maneira fazer parte da vida de vocês e que delas saiam muitas outras histórias.

Então...mãos a obra!!!!