terça-feira, 20 de setembro de 2016

Outro olhar para a Revolução Farroupilha



        Quando pensamos na Revolução Farroupilha, temos sempre a visão romântica das produções da Globo como as minisséries " O tempo e o vento, A casa das sete mulheres" e Bento Gonçalves como um herói abolicionista que lutava pela liberdade. Coisa linda, né? Tudo mentira!!

     Nossa história não tem nada disso, nossos heróis nunca foram abolicionistas, eles simplesmente precisavam dos negros para seus fins. Prometeram liberdade para os negros adversários que aceitassem ser incorporados como soldados, mas os escravos dos Farroupilhas continuaram nas fazendas trabalhando para que eles pudessem fazer a guerra.
     Bento Gonçalves morreu e deixou um inventário com 53 escravos aos seus herdeiros. Escravos valiam quase preço de ouro, casos de corrupção entre Bento Gonçalves e Onofre Pires, a Revolução Farroupilha foi uma espécie de Golpe Militar.



   A Revolução Farroupilha começou a ser comemorada em dezembro de 1964. é uma obra da ditadura militar. O Patriotismo servia muito bem nessa época.
   
    Quando cantamos nosso hino racista, quando diz " povo que não tem virtude, acaba por ser escravo ", estamos insultando aqueles negros que lutaram com os farroupilhas com a promessa de liberdade.

   Muito triste isso, pois continuamos a ensinar a nossos filhos falsos heróis, construídos por uma sociedade suja e hipócrita. 
   Todas estas histórias estão no livro do jornalista Juremir Machado da Silva chamado " História Regional da Infâmia " publicado em 2010.


Dentro de tudo isso fomos contemplado com a culinária Gaúcha, essa sim não tem partido, nem preconceitos, de muitas nacionalidades. A nossa culinária é muito rica em sabores, começando com os indígenas que chegaram aqui nos Pampas primeiro com a atual Patagônia, atrás de tatu e preguiças e depois com os imigrantes europeus que foram acolhidos, como a Colonização Alemã e Italiana.



     Todas estas histórias estão no livro " Sabores de uma grande história", um projeto da Cia. Zaffari com execução de algumas empresas.
   Um livro muito bonito com histórias da nossa terra e que traz o Chef Jorge Nascimento, que apesar de eu não conhece-lo pessoalmente, acompanho seu trabalho com grande admiração. Toda a produção culinária deste livro é sua e com fotos belíssimas de Letícia Remião, fotógrafa também renomada com um trabalho delicado e muito sensível, faz deste exemplar uma obra que não pode faltar na sua biblioteca culinária.












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